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COMO VIVER SEM DINHEIRO (e sem perder a cabeça)

Derneval R.R. Cunha

A falta de dinheiro é a raiz de todos os males (J.R.R. Tolkien)

Há poucas coisas na vida das quais você não pode ter certeza, mas falta de dinheiro é algo bastante comum. Pessoalmente, só duas coisas existem realmente, na vida: morte e falta de grana. Todo o resto é ilusão. Talvez eu esteja  "viajando na maionese". Mas quem tem dúvidas pode perguntar para o pessoal lá da Argentina, se eles concordam comigo. Pergunta para o pessoal da Bahia, quando o banco deles foi para o brejo e até o (hoje finado) Jorge Amado estava na passeata para tirar o dele. Talvez concordem. Falta de dinheiro pode acontecer com qualquer um. Talvez aconteça com todo mundo, quando o novo presidente assumir (independente de quem seja). Mesmo se não acontecer com todo mundo, não interessa. Sabe qual a diferença entre a Recessão e a Depressão? Recessão é quando os outros perdem o emprego. Depressão é quando você perde o emprego. E mesmo que não perca. Acredita em mim: a falta de "grana" (bufunfa, prata, dólar) ainda pode chegar até você. Não acredita, então me manda algum que a coisa está brava, por aqui.

A questão monetária

"Dinheiro não é tudo, mas é 100%", já dizia o Falcão. Mas o dinheiro é uma invenção humana. O poder econômico é mais importante do que o dinheiro em si. Qualé a diferença entre um e outro? Bom, o dinheiro não vale nada se você não pode comprar o que você quer. E também não significa nada se você tem tudo o que quer. Um índio precisa de dinheiro? Só quando vai lidar com o homem branco. É puro papel. São apenas elétrons num computador de um banco, falando que seu saldo está positivo ou negativo. Numa ilha deserta, dinheiro é só papel. Essas são as necessidades básicas para a sobrevivência de um ser humano:

Ar, Água, Comida, Roupas e Abrigo.

Mas talvez seu maior problema não seja viver numa ilha deserta que nem o Tom Hanks no filme "Náufrago"( Cast Away ). Talvez seu problema seja não dar um tiro na cabeça, enquanto a solução não vem. Conheço gente que acreditava piamente que "homem que é homem não chora". Aí um dia a bolsa de mestrado atrasou por 2 meses.. podia falar também daqueles dias do famoso  "Plano Brasil Novo", alguém se lembra? Conseguir viver sem dinheiro dá uma auto-confiança bastante grande. Rico se suicida. Pobre não. Você vê o cara lá na sarjeta, está na pior, mas chega o carnaval ou a vitória do time dele, está lá, rindo. A falta de dinheiro pode ser fonte de inspiração, vide o livro "Anjo Pornográfico" (Ruy Castro) é que mostra bem esse lado da vida.

 O que você realmente precisa para viver, nos dias de hoje:

Amigos e parentes

Se existe um benefício em ficar sem dinheiro, é descobrir o quanto você vale como ser humano. Porquê aí você descobre algo melhor do que dinheiro: ter alguém ao seu lado. E é nessa hora que se descobre tanto se os amigos e parentes que tem são solidários ou não.  Se você tem companhia, pode ter tudo. Apenas tem que se lembrar que agora a situação é outra. Não pode nem se "enconstar" nos amigos nem pode ficar cobrando deles uma ajuda. Uma vez li um artigo (copiado de alguma publicação americana) onde se comentava a vida de ex-socialites. Tipo o antes e o depois de uma socialite. Já parou para pensar como vive uma ex-high-society?  Falo daquelas que não engravidaram antes de largar o cara. Pois é. Uma delas inventou o método de continuar vivendo o mesmo estilo de vida de antes, mas morando uma noite em cada lugar. Tipo: "xi, o horário do ônibus já foi, posso passar a noite aqui". Isso depende muito da capacidade de cada um de ficar pulando de galho em galho. Durante o tempo de estudante, vi muito isso. Aliás, quando morei no exterior, também passei por algo parecido (cada noite num lugar), mas foi em Paris. É preciso muita, mas muita disciplina e simancol para se antecipar aos problemas que fatalmente acontecem, como  cobranças das mais variadas. Detalhe: as cobranças e picuinhas sempre existem. Quando você está sem grana é que fica mais sensível a elas.
 
 

Ocupação

Não se pode ficar simplesmente parado. Isso é o mais básico. Lutar pela sobrevivência é sempre algo que exige disciplina. E muita.  É preciso organizar a vida, mesmo se não há nada o que fazer com ela. Não se pode simplesmente ficar esperando sentado dentro do banco até o dinheiro chegar na conta. O desânimo toma conta rapidinho. E aí, meu caro, você está perdido. Vai precisar de alguém para te empurrar para fazer as coisas. E para baixo, todo santo ajuda. Algum tipo de ocupação sempre ajuda a manter o contato com a realidade. E quando se está sem dinheiro, é fundamental ver além do que está a sua frente para poder alterar essa realidade. Uma vez fiquei ilhado num aeroporto, por quase 3 dias, antes de poder voltar para o Brasil. Escrevia todos os meus passos, um verdadeiro livro sobre como foi minha estadia na europa. Deu várias páginas de papel. De tempos em tempos ia fazendo outras coisas, conversando com gente. Foram 3 dias produtivos. O texto acabou se perdendo por conta do zelo do pessoal do aeroporto, que jogou fora pensando que fosse lixo, mas cumpriu com a sua finalidade.

Vestuário

Roupa nova torna-se um luxo. O interessante é manter um conjunto de roupas com aparência de novas para quando for necessário. Sempre existe necessidade. Pode ser uma entrevista de emprego, uma festa (comes e bebes à vontade) ou mesmo para freqüentar um ambiente onde o dinheiro não é necessário, como a casa da namorada. A pior parte da vida sem dinheiro é ficar se comparando à outras pessoas que podem, por exemplo, comprar roupa nova. O problema não é a ausência de roupa nova, é ficar se comparando às outras pessoas. É difícil enxergar isso. Claro que com o passar do tempo, a própria preocupação da pessoa com a roupa passa para as pessoas ao lado e elas começam a cobrar uma atitude quanto ao vestuário. Sei lá como sair disso, o fundamental é manter a roupa limpa e passada. É aí que entra a necessidade de se manter ocupado. Quando se está desocupado totalmente, gasta-se tempo (à toa) se preocupando com uma besteira dessas. A preocupação deveria ser dirigida para formas de se manter a roupa limpa ou sei lá, alguma alternativa obscura.

Diversão

Para não perder a cabeça, é preciso alguma forma de distração. Em cidade grande, sempre existem formas alternativas de se manter a cabeça alegre, sem grandes gastos financeiros. O problema pode ser o quesito transporte, mas sempre existe. Nessas horas é que se percebe como a sociedade de consumo te aleija de oportunidades simples de curtir a vida. Quando o Collor assumiu o governo, assisti quase todos os filmes de um ciclo de cinema japonês do pós-guerra, que por acaso estava passando gratuitamente num cinema perto de casa. Tudo bem que foram filmes que detestei, mas era um tipo de diversão. A diversão não é só gastar e consumir, mas também usar a cabeça para produzir diversão. Se a sua cabeça não está legal, não existe diversão. Pergunte para qualquer noivo no dia do casamento se ele está achando graça na cerimônia. Talvez o grande problema seja se divertir com os amigos. Vai ser um pouco mais difícil. Precisa um pouco de prática, já que a sociedade de consumo faz do consumo um elo de ligação. Aproveite isso como introspecção. Muitas vêzes, o gasto de dinheiro é apenas uma forma de evitar o tédio. É preciso então espantar o tédio de outra forma.  No início, é difícil "planejar" a alegria. A grande dica é ser a "alma da festa". Ser aquele cara que conta os "causos" e piadas.  A necessidade faz o sapo pular.

Alimentação

Com certeza será necessário alterar os hábitos alimentares. Maxim's, Ritz, MacDonalds  por exemplo, tudo isto está fora. Que mais? É preciso planejar para que entre um cardápio mais ou menos equilibrado na sua nova dieta. Porquê a comida influencia a cabeça. Se você come mal, pensa mal e acaba fazendo besteiras as mais variadas (lembra do que falei sobre disciplina). Recomendo investir em frutas e vegetais, na feira. É mais barato e sustenta bem. Chato é que tem pouca proteína e digere bem rápido, aí  você pode sentir fome de novo. O jeito de combater isso é ter horários específicos de comida e só comer naquele horário. Os médicos recomendam, assim como recomendam vitamina C todo santo dia. Umas pílulas de 500 ml (mais do que isso o organismo não absorve) bastam. Ou outro complemento vitamínico. Mas fique longe do álcool enquanto isso. Uma porquê vicia e duas porquê a ressaca fica bem pior.

Transporte

Esse é outro problema. Viajar é quase impossível. A não ser que você seja um tipo aventureiro e saiba viajar de carona. Graças à internet, há várias formas de se combinar viagens desse tipo. Mesmo sem a internet, é possível se conseguir, basta esticar o dedão na saída de alguma cidade e manda ver. Só que o motorista vai querer bater papo e aí é só jogar aquela história de que sua avó está inconsolável com o jet-ski dela parado por falta de uma peça (como bom netinho, você vai de carona para economizar). Dentro da cidade, aí já é outro problema. Há trocentas formas de se usar um ônibus ou metrô sem pagar a passagem. Mas um amigo meu, (vagamente parecido com o Jô Soares, depois de anos de cerveja), se acostumou a ir a pé para tudo quanto é lado. Eu aconselho já que isso economiza no quesito exercício. Ajuda a manter a cabeça no lugar.

Religião versus Ideologia versus Classe Social

É muito fácil ser humilde quando não se tem imaginação. E muito difícil ser arrogante quando não se tem grana. Nunca entendi muito bem como é que um país como o nosso pode eleger gente como o Collor (e isso foi antes da urna eletrônica). Mas também não entendo como é que elegeram o Menem tantas vêzes na Argentina, muito menos como o Maluf ainda concorre até hoje. Em alguns casos, torna-se necessário repensar a opção política. Porquê se você não tem dinheiro, provavelmente vai ter algo em comum com muitos caras que estão na pior que nem você. Você está na classe dos "excluídos".

Outra coisa é a questão religiosa. A crença em Deus aumenta proporcionalmente ao vazio do bolso. É nessas horas que aparecem os "bate-papos evangélicos", os "discípulos do caos", todo um bando de gente querendo ajudar. E é bom estar preparado para aceitar ou recusar essa ajuda. Um (ex) amigo me contou que topou uma festinha "bíblica" só por conta do rodízio de pizzas que acompanhava. Foram horas e horas de encheção de saco (leitura de passagens da bíblia e discurso evangélico) até vir a comida. Depois teve um "teatrinho" onde cada participante tinha que fazer de conta que era um bicho, tipo "eu sou uma borboleta" (aí ficava com os braços esticados abrindo e fechando, subindo e descendo pela sala). Depois.. vinha a proposta de "iniciação bíblica". Era escolhida uma pessoa do grupo que seria o responsável pelo seu "estudo bíblico". Era um grupo que não tinha nenhum preconceito, aceitava todos os tipos de cheques pré-datados para parcelar a iniciação.

Crédito

Todo mundo precisa acreditar em alguma coisa. Gente que empresta precisa ter muita fé em Deus e é preciso que você estimule a fé daquele que vai te emprestar, pois ele é sagrado. E aconselho a não dar calote. Pague religiosamente o que deve. É mais fácil voltar a pedir emprestado depois. É bastante importante lembrar que os amigos que vão saber das minúcias dos seus problemas não devem ter qualquer forma de contato com aqueles que vão te emprestar dinheiro. Ah, sim, uma história triste vai longe, dependendo de onde você e com quem convive. Daí o que falei sobre disciplina, manter a cabeça no lugar e uma ocupação. Socialmente falando, você pode ficar doente, mas insolvente, nunca. Deus do Céu, fico até envergonhado de contar tudo isso. Mas qualquer pessoa, seja rico, seja pobre, sabe bem do que estou falando. Podem até mentir e dizer que não. Faz parte do jogo. Mas no que se refere ao crédito, somos todos iguais.

Drogas

Isso está virando um livro, já. Mas como falei acima, fique longe da bebida (apesar que Malzbier, Caracú ou Xingú + um salgadinho é ótimo para aplacar a fome, em emergências).  Já vi também gente "viciada" em aspirina. Outros ficam assistindo sessão da tarde (não entendo como liberam a sessão da tarde e proibem a maconha, sinceramente). Ficar assistindo televisão direto é a pior coisa que um ser humano pode fazer, quando em situação desesperada. Se drogando idem. Fumar cigarro então nem pensar. Se a falta de dinheiro é um suplício, é preciso tentar encarar de cara limpa, sem alienação (pelo menos sem alienação todo dia). Claro que falar é muito mais fácil do que fazer.

Mantendo o moral alto

Seria muito fácil falar que isso é o essencial. É o mais difícil de tudo. Veja bem: ninguém agüenta gente histérica. Nem pão-dura. Se você é convidado para uma festa, resista à tentação de levar alguma coisa para comer depois ou mesmo cair de boca na comida. O prêmio de resistir a tentação é ser convidado para outras festas. Outra coisa é contar até 100 antes de conversar assuntos delicados. Existem vários truques para se manter a calma, mas nem vou ensinar. Ou se aprende sozinho ou não se aprende. Só se sobrevive  a uma crise mantendo a calma. Lembre-se sempre a máxima de Nietsche: o que não te mata, te torna mais forte.

Estórias e Fontes de inspiração

Uma ótima forma de se entender melhor a grande mudança que é ficar sem recursos é recorrer aos livros e bibliotecas. É outro tipo de alienação, mas lá pelo menos pode-se conhecer gente e se manter longe de problemas. Algumas entrevistas são ótimas. Tinha uma autor, acho que prêmio Nobel de literatura que era "morador de rua".  Ficava noites inteiras no metrô de Londres, durante o inverno, até fechar. Ficou desse jeito, até conseguir uma editora, vários meses. E depois mais alguns meses, até o livro começar a vender. E ele poder receber o suficiente em dinheiro para poder finalmente sair dessa rotina. Qualquer dia descubro onde li isso. Outra história que li numa revista de motociclismo foi de um mecânico de competições tipo "Paris-Dakar" que fez a faculdade toda morando na rua. Isso é apenas um trecho da entrevista, ele não aprofunda muito isso. Mas também perdi a referência. John Paul-Getty (acho que foi ele) contava que no início ele precisava vender o almoço para comprar o jantar (até ganhar uma herança e ficar rico).  Mickey Rourke é que tinha uma biografia fantástica no que diz respeito à falta de dinheiro, até ficar famoso. A hoje famosa Madonna já fez fotos nuas para faturar algum.

Outra entrevista que poderia inspirar muita gente passou no JôSoares, no tempo do SBT. Era um cara que ficou famoso nos EUA, não lembro qual o barato que ele fez que justificava a entrevista, parece-me que era algo a ver com participar do filme "2001 - uma odisséia no espaço" (ainda estou procurando o nome dele nos créditos). Mas enfim, o que interessa é que ele "venceu" em Hollywood. Aí contava ele que no início ele sabia muito pouco inglês e foi aprendendo aos poucos. No início era só "hot-dog". Depois "bread". Depois de um tempo ele aprendeu a falar "butter". E com o passar do tempo foi aumentando o vocabulário. Claro que nessa altura da conversa ficava claro que o que ele estava contando NÃO era uma piada.  Aí o Jô perguntou, para mudar um pouco o assunto: "com todas essas dificuldades, qual que você acha mais difícil, fazer sucesso aqui no Brasil ou lá nos EUA". Aí  a cara dele mudou totalmente, ficou alegre: "Jô, fazer sucesso lá é muito mais fácil, nem tem comparação". Dramático, dramático.

Legal mesmo são os filmes. Alguns são altamente recomendáveis, como "O pescador de ilusões". Literatura sobre o assunto tem muita. Os primeiros títulos que vêm à cabeça são "Um dia na vida de Ivan Denisovitch" (Soljenitsyn) e "Crime e Castigo" (Dostoiévisky). George Orwell escreveu "Na pior em Paris e Londres", mas esse eu sei de cor, nem precisei ler (estive lá).  "On the Road - Pé na estrada" do Jack Kerouack é muito bom, também. Recomendaria meu próprio livro, "O CRUSP visto por um mineiro", disponível gratuito em PDF e em html  na internet, na página (não oficial) do CRUSP no http://www.crusp.virtualave.net .  Quem quiser dar algumas idéias, pode mandar para o meu email derneval(arroba)softhome.net com subject "vivendo sem grana".

O extremo do extremo

Bom, há o limite do limite. Quando a ausência de dinheiro se torna crônica, é provável que, por mais que haja amigos, parentes, alternativas, pinte um quadro que torna a convivência meio chata. Fica mais chata ainda quando se descobre que não tem vaga no Juqueri nem no Pinel. Os primeiros sintomas são os mesmos exibidos pelo Michael Douglas no filme "Dia de Fúria". É um filme para se rever. É o período ideal para sair com US$500.000,00 no bolso. Ninguém te assalta para você poder matar em legítima defesa. Parece brincadeira, mas a coisa pode ir num crescendo até atingir o ponto em que atitudes desesperadas são consideradas, tipo aquele empresário que fez um seguro de vida e conseguiu que alguém cortasse fora a mão dele, alegando dívida com a Máfia ou coisa do gênero. É, alguém fez isso. E também foi manchete no mundo todo. Dias depois descobriu-se que o cara realmente tinha conseguido que alguém cortasse a mão dele só para simular um atentado. Versão de rico do que acontece nas fábricas. O sujeito está ruim de grana, "apronta" para perder o dedo dele num "acidente". Aí embolsa o seguro e alivia a situação. Quem me contou essa história jura que é bastante comum.

A coisa fica preocupante quando as pessoas começam a não te ouvir. É impressionante, mas nessa situação, a pessoa perde a noção de diálogo. E algumas pessoas farejam a fraqueza e usam isso como arma. É muito legal, porquê a pessoa que conversa contigo percebe a dificuldade de auto-controle e joga isso na cara da pessoa, praticamente estimulando um "ataque" ou "surto". Quando acontece no meio do emprego, o passo seguinte é jogar isso na cara do sujeito toda vez que o cara for pedir aumento de salário ou recusar uma tarefa difícil. Daí a necessidade de cabeça fria e ficar escutando música clássica direto. Ajuda um pouco. Mas é bom saber que você inconscientemente estará buscando um saco de pancadas. O desagradável é que se acontecer de encontrar, vai se arrepender. Provavelmente será alguém inocente e que não merece. Não é que as coisas vão parar de dar certo. É que o normal (nessas circunstãncias) é agir por impulso, sem pensar. Qualquer coisa que você fizer e der errado, vão contabilizar. Você mesmo vai contabiliza e ficar se culpando, como se pular no abismo não fosse suficiente para compensar o(s) erro(s).

Se algo não for feito para reverter esse quadro negativo, a pessoa para de pensar no futuro ou de achar que amanhã o sol vai nascer. Minha teoria é que em alguns casos, fica cega para ver a kombi, quando atravessar a rua. Nesses dias o melhor é ficar em casa.

Técnicas e truques de sobrevivência.

Essa é a parte mais interessante, mas vai ficar para outra ocasião.
 

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