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NAPSTER DO PONTO DE VISTA DOS MÚSICOS

(Discurso de Courtney Love)

Este é uma transcrição do discurso de Courtney Love no Digital Hollywood online entertainment conference (Conferência de Entretenimento Online Hollywood Digital), em Nova York, 16/Maio/2000. (tradução: Derneval R.R. Cunha - com permissão da cantora - Infelizmente, não tive saco para traduzir tudo, se alguém estiver afim, me manda o resto e eu encaixo, coloco seu nome, etc).

Por favor, encaminhe a todos os músicos que você conhece. http://www.hole.com/speech/index.html http://www.stormy-mondays.com/home/courtney.htm http://www.anybodylisten.com/courtney_love.htm

Hoje eu quero falar sobre pirataria e música. O que é pirataria? Pirataria é o ato de roubar o trabalho de um artista sem nenhuma intenção de pagar por ele. Eu não estou falando sobre software do tipo Napster.

Estou falando sobre contratos com grandes selos de gravadoras.

Eu quero começar com uma história sobre bandas de rock e companhias gravadoras, e fazer alguma matemática de contrato de gravadora:

Esta história é sobre uma banda super-procurada que consegue um grande negócio com 20% de royaties e um milhão de dólares de adiantamento. (Nenhuma banda super-procurada conseguiu 20% do bruto, mas tudo bem). Esta é minha matemática "engraçada" baseada em alguma realidade e vou qualifica-la falando que tenho certeza ser melhor do que a matemática provida por Edgar Bronfman Jr. [O presidente e executivo chefe da companhia Seagram, que é dona da Polygram].

O que acontece com aquele milhão de dólares?

Eles gastam metade para gravar seu álbum. Isto deixa a banda com US$ 500.000,00. Pagam também 100.000,00 ao seu empresário pela comissão de 20%. Cada um paga $25,000 para o seu advogado e gerente de negócios.

Isto deixa $350,000 para serem divididos entre os quatro membros da banda. Pagam $170,000 em impostos, ficam $180,000. That comes out to $45,000 per person.

São $45,000 para durar um ano até que o disco seja lançado.

A gravação (disco ou CD) é um grande sucesso e vende um milhão de cópias. (Como uma banda super-procurada vende um milhão de cópias no seu início é outro papo completamente diferente, mas é baseado em quaisquer conhecimentos de aula de moral e cívica que temos sobre cartéis. Colocado de forma simples, as leis anti-truste neste país (obs: EUA) são basicamente uma piada, protegendo a nós apenas o suficiente para não ter de renomear nosso serviço de estacionamento para Phillip Morris National Park Service.) Então, esta banda lança mais dois singles e faz dois vídeos. Os dois vídeos custam um milhão de dólares para fazer e 50% dos custos de produção do vídeo são recuperados dos royalties da banda.

A banda consegue $200,000 de suporte para tourné, que é 100 % recuperável.

A companhia (gravadora) gasta $300,000 em promoção de rádio independente. Você tem que pagar promoção independente para por sua produção no rádio; promoção independente é um sistema onde as companhias de gravação usam usam testas de ferro de forma que podem fingir não saber que as estações de rádio -- o sistema de rádio unificado -- estão recebendo dinheiro para tocar seus discos.

Toda essa promoção é cobrada (paga) pela banda.

Já que o adiantamento de um milhão de dólares original é recuperável, a banda deve $2 milhões para a companhia gravadora.

Se todos os milhões de discos são vendidos ao preço total sem descontos ou "record clubs" (espécie de promoção), a banda ganha $2 million em royalties, já que os 20% significam lucro de $2 num disco (ou CD).

Dois milhões de dólares em royalties menos $2 milhões em despesas recuperáveis é igual à ... zero!

Quanto é que a companhia de discos faz (de grana)?

Eles lucraram $11 milhões.

Custa $500,000 para manufaturar os CDs e eles adiantaram $1 milhão para a banda. Mais 1 milhão em custos de vídeo, $300,000 em promoção de rádio e $200,000 ajuda de custo para tournée.

A companhia também pagou $750,000 em royalties relativos a publicação de músicas.

Eles gastaram $2.2 milhões em marketing. É na maior parte propaganda de varejo, mas o marketing também paga por aqueles posters enormes da Marilyn Manson no Times Square e os camelôs que dirigem em vãs dando camisetas e bonés Black Korn. Sem mencionar as viagens para lugares de sucesso, dinheiro para gorjetas para todos e banho de sol.

Adiciona tudo isso e a gravadora gastou $4.4 milhões.

De forma que o lucro é $6.6 milhões; a banda poderia muito bem estar trabalhando numa (loja de posto de gasolina) 7-Eleven.

Claro, eles se divertiram muito. Ouvindo a si próprios no rádio, vendendo discos, pegando novos fans e estar na TV é maravilhoso, mas agora a banda não tem dinheiro o bastante para pagar o aluguel e ninguém tem crédito.

Pior de tudo, após tudo isso, a banda não é dona de nenhum nada do que produziu ... eles podem pagar a hipoteca pela vida inteira mas nunca serão donos da casa. Como eu disse: Reduzindo as fatias. Nossa imprensa diz, "ooooh, pobres estrelas de rock, eles tiveram uma ótima viagem. Fodam-se por abrir a boca"; mas eu digo que este diálogo é imperativo. E a imprensa cínica, que está mais fascinada com a fama do que a maioria das celebridades, precisa se reacostumar com seus sistemas de valores.

Quando você olha na parte de direitos autorais de um CD, ele diz copyright 1976 Atlantic Records ou copyright 1996 RCA Records. Quando você olha num livro, então, ele dirá alguma coisa como copyright 1999 Susan Faludi, ou David Foster Wallace (autores de livros americanos). Autores possuem seus livros e licenciam eles para as editoras. Quando o contrato termina, os escritores pegam os seus livros de volta. Mas as gravadoras possuem nossos direitos autorais para sempre.

O sistema é armado de forma que quase ninguém é pago.

A RIAA (Recording Industry Association of America)

No último Novembro, um assistante de congresso chamado Mitch Glazier, com suporte da RIAA, adicionou uma "emenda técnica" para uma lei que define música gravada como "trabalho contratado" dentro do Ato de Copyright 1978.

Ele fez isso depois que todas audiências para a lei estavam acabadas. Quando os artistas descobriram já era muito tarde. A lei ja'estava a caminho para a Casa Branca para a assinatura do presidente.

Aquela mudança sutil na lei de copyright irá adicionar bilhões de dólares para o banco da companhia nos próximos anos - bilhões que deveriam, de forma justa, serem pagos para artistas. Um "trabalho contratado" é agora propriedade eterna da companhia gravadora.

Dentro da (legislação) 1978 Copyright Act, os artistas podiam reclamar seus copyrights no seu trabalho após 35 anos. Se você escreveu e lançou "Everybody Hurts," você pelo menos pega de volta seu legado após 35 years. Mas agora, por causa deste estúpido e sutil pequeno sacana, "Everybody Hurts" nunca será devolvido a sua família, e pode ser vendido pela maior oferta.

Através dos anos, as companhias gravadoras tem tentado colocar cláusulas de "trabalho contratado" nos seus contratos e o "trabalho contratado" do Sr. Glazier apenas "codificava" uma prática normal da indústria. Mas as leis de copyright não identificavam gravações de som como sendo eligíveis de serem chamadas "trabalhos contratados," de forma que aqueles contratos não significavam nada. Até agora.

Escrever e gravar "Hey Jude" é agora o mesmo que escrever um livro impresso em língua inglesa, escrevendo testes padrões, traduzindo uma novela de uma língua para outra ou fazendo um map. Estes são os tipos de coisas endereçados na legislação de "trabalho contratado". E fazer um teste padrão é um trabalho contratado. Não é fazer uma gravação.

Então um assistente substancialmente alterou uma lei de grande importãncia quando apenas ele tinha a autoridade para fazer aas correções de ortografia. Não é o que aprendi sobre como o governo funciona na minha aula de moral e cívica do meu colegial.

Três meses depois, RIAA contratou o Sr. Glazier para virar seu lobbysta chefe num salário que era obviamente muito maior do que o que tinha quando era revisor de texto.

A RIAA tenta argumentar que esta mudança era necessária por causa de uma questão dentro da lei que era lobby dos musicos. Esta cláusula previne alguém de registrar o nome de alguém famoso como endereço na Web sem a permissão daquela pessoa. É jóia. Eu possuo meu nome e deveria ser capaz de fazer o que quiser com meu nome. Mas a lei também criou uma exceção que também permite que uma companhia tome o nome de uma pessoa para endereço na web quando você grava o seu album de "trabalho contratado". Como disse: "poda a participação".

Embora eu nunca tenha encontrado com qualquer um na companhia gravadora que "acreditasse na internet", eles tem tentado cobrir a retaguarda segurando os direitos digitais de todo mundo. Não que eles saibam o que fazer com eles. Vá para um site de banda de propriedade de um grande selo (fonográfico). Me dê um dólar por cada vez que você ver um irritante símbolo "em construção". Eu costumava encher o saco da Geffen (quando era um selo) para fazer um trabalho melhor. Eu fui totalmente ignorada por dois anos, até que consegui meu nome de volta. As Goo Goo Dolls estão lutando para ganhar o controle do seu nome domínio da Warner para a banda.

Orrin Hatch, letrista e senador republicano pelo Utah, parece ser a única pessoa na Casa (Branca?) com um ponto de vista similar e que "isto nunca teria acontecido se Sonny Bono estivesse vivo". Por acaso, qual lei que você acha que a indústria fonográfica usará para esta emenda?

O The Record Company Redefinition Act? Não. The Music Copyright Act? Não. The Work for Hire Authorship Act? Não. (Obs: São algumas leis referentes a autorias e direitos autorais)

Que tal o the Satellite Home Viewing Act of 1999? (Lei referente ao uso de televisão via satélite, aquele troço de parabólica)

Roubando nossas reversões de copyright no escuro da noite enquanto ninguém estava olhando, sem audiências, é pirataria.

É pirataria quando o RIAA faz lobby para mudar a lei de falência para faze-la mais difícil para os músicos eles próprios declararem falência.

Alguns músicos tem declarado falência para se livrar de maus contratos. TLC declarou falência após eles terem recebido menos de 2% dos 175 milhões faturados pela venda dos seus LPs. Isto foi 40 vêzes menos que o lucro que foi dividido entre seu gerenciamento, produção e companhias gravadoras.

Toni Braxton também declarou falência em 1998. Ela vendeu CDs no valor de $188 milhões, mas estava quebrada por conta de um terrível contrato de gravação que pagou a ela menos do que 35 centavos por álbum. Falência pode ser o único recurso contra um contrato realmente ruim e o RIAA quer tirá-lo.

Os artistas querem acreditar que nós podemos fazer montes de dinheiro se somos bem sucedidos. Mas há centenas de histórias sobre artistas com 60 ou 70 anos, que estão quebrados porque eles não fizeram um tostão de seus sucessos. E o sucesso real ainda é um grande tiro para um novo artista, hoje. Dos 32.000 lançamentos a cada ano, apenas 250 vendem mais de 10.000 cópias. E menos de 30 vão ganhar o disco de Platina.

As quatro maiores corporações de de gravadoras custeiam a RIAA. Estas companhias são ricas e obviamente bem representadas. Artistas de gravadoras e músicos não tem realmente o dinheiro para competir.Os 273.000 músicos empregados nos EUA fazem cerca de US$30.000 por ano. Apenas 15 % dos membros da American Federation of Musicians trabalham regularmente em música.

Mas a indústria de música é um negócio de 40 bilhões de dólares/ano. Um terço deste total vem dos EUA. As vendas anuais de cassetes, CDs e vídeos são maiores do que o produto nacional de 80 países. Os americanos tém maiores tocadores de CD, rádios e VCRs do que nós temos banheiras.

Histórias após histórias são ditas a respeito de artistas -- alguns deles nos seus 60 ou 70 anos de idade, alguns deles autores de canções bem sucedidas que todos nós gostamos, usamos e cantamos -- vivendo em total pobreza, nunca tendo sido pagos nada. Nem tendo acesso a sindicatos ou seguradora de saúde.Artistas que geraram bilhões de dólares para uma indústria morrem na miséria e sem assistência.

E eles não são atores ou participantes. Eles são os verdadeiros donos, originadores e executantes de suas composições originais.

Isto é pirataria.

Tecnologia não é pirataria.

Esta opinião é uma que eu ainda não formulei totalmente, de forma que quando falo sobre Napster no agora, por favor entenda que não estou totalmente informada. Eu serei a primeira da fila a arquivar uma ação de classe (processo) para proteger meus direitos autorais se o Napster ou mesmo se o mais avançado Gnutella não trabalhar conosco para nos proteger. Estou do lado do (bateirista do Metálica) Lars Ulrich, em outras palavras, e sinto mal mesmo por ele não saber como condensar seu problema para um pedaço de som que pareça mais razoável do que o que vi hoje.

Eu também penso que o Metallica tem recebido preocupações demais. É um anti-artista, por uma razão. Um artista. fala alto e o artista fica pro escanteio: corte de participação. Não fica acima da sua estação, garoto. Não é pirataria quando garotos trocam música através da internet usando Napster ou Gnutella ou Freenet ou ou iMesh ou irradiando seus CDs num My.MP3.com ou armário de música MyPlay.com. É pirataria quando aqueles caras cujas companhias fazem arranjos com advogados de carteis e cabeças de gravadoras de forma que eles possam ser "amigos de grandes selos" e não de artistas.

Artistas de gravadoras tem essencialmente dado suas músicas gratuitamente pelo velho sistema, de forma que a tecnologia que expõe a música para uma audiência maior só pode ser uma boa coisa. Porque estas companhias não estão criando alguma paz?

Houve um bilhão de downloads de música o ano passado, mas as vendas de música estão subindo. Cadê a evidência que aqueles downloads estão afetando os negócios. Aqueles downloads estão criando mais demanda. Porque as companhias gravadoras não estão embraçando esta grande oportunidade. Porque não estão tentando conversar com os garotos que estão passando as compilações de músicas para entender como são eles? Por que a RIAA está processando as companhias que estão estimulando esta nova demanda? Qual o ponto de perseguir pessoas que estão trocando MP3 de som horríve? Grana! Dinheiro que eles não tém intenção de passar para a gente os escritores que fazem seus lucros.

Neste ponto, de qualquer forma, os gênios "colecionadores de gravações" que usam Napster não tem uma seleção (de músicas) do que é mais contemporânea ou jóia, a não ser que seja alguém que curta (som) tecno. Muito difícil (achar) quaisquer fans do REM de antes de 1982 REM, nenhum punk dos anos 60, até mesmo o the Alan Parsons Project estava pouco representado quando tentei achar alguns camaradas no Napster. Na maioria, eram espertos de faculdade sem muita imaginação. Talvez seja a demografia que importa -- e neste aspecto, My Bloody Valentine e Bert Jansch não irão se ferrar, por enquanto. Ainda há tempo para negociar. Destruindo acesso tradicional

Em algum lugar do caminho, as companhias gravadoras descobriram que é mais lucrativo controlar o sistema de distribuição do que nutrir artistas. E já que as companhias não tem qualquer competição real, artistas não tem outro lugar para ir. As companhias gravadoras controlam a promoção e o marketing; apenas elas tem a capacidade de conseguir grande tocação de rádio, e conseguir gravações nas grandes lojas do comércio. Este poder as colocou acima dos artistas e da audiência. Eles são donos da plantação.

Ser o guardador da porteira era o lugar mais lucrativo, mas agora estamos num mundo meio sem porteiras. A internet permite a artistas se comunicarem diretamente com suas audiências; nós não temos que depender somente de um sistema ineficiente onde as gravadoras promovem nossos discos no rádio, imprensa ou no varejo e então sentam esperando os fans descobrirem sobre nossa música.

As companhias gravadoras não entendema a intimidade entre artistas e seus fans. Eles põem as gravações no rádio e compram alguma propaganda esperando pelo melhor. A distribuição digital dá acesso instantâneo à música para todos, no mundo inteiro. E os filtros estão substituindo os "guardas da porteira". Num mundo onde nós podemos pegar qualquer coisa que quisermos, quando quisermos, como uma companhia cria valores? Através da filtragem. Num mundo sem fricção, a única fricção que as pessoas valorizam é editar. Um filtro tem valor quando entende as necessidades tanto dos artistas quanto do público. Novas companhias deveriam ser o fio condutor entre os músicos e seus fans.

Nesse exato momento, a única maneira pela qual se pode conseguir música é desovando $17. Num mundo onde música custa um níquel, um artista pode "vender" 100 milhões de cópias ao invés de um milhão.

O presente sistema impede artistas de encontrar uma platéia por que ele tem muitas deficiências: promoção de rádio limitada, pouco espaço de mostra nas lojas e um limitado número de lugares no jogo da companhia gravadora. O mundo digital não tem tais deficiências. Há incontáveis formas de se atingir uma audiência. Rádio deixou de ser o único lugar onde se escuta uma canção. E pequenas lojas de discos não são o único lugar onde se compra um novo CD.

Tô saindo fora

Agora os artistas têm opções. Nós não temos mais que trabalhar com os grandes selos (gravadoras), porque a economia digital está criando novas formas de distribuir e comerciar música. E os gratuitos entre nós não vão. Isto significa que a classe de escravos, a qual represento, tem que encontrar novas formas de conseguir nossos acordos. Isto realmente não importava mais do que antes e é por isso que nós todos continuamos. Eu quero que o meu caso de contrato de sete anos pela lei trabalhista da California (obs: nos EUA cada estado pode ter sua legislação específica)signifique algo para outros artistas. (A Universal Records está me processando por que minha contratação já venceu, mas eles dizem que um contrato de gravação não é um contrato pessoal; por que a indústria de gravação -- pessoas que, como comentamos, são excelentes lobistas, conseguindo como eles conseguiram, um empregado para tirar a permissão de Don Henley ou Tom Petty de dar os copyrights para as suas famílias -- na Califórnia, em 1987, fizeram um lobby para passar um adendo que nulificava os contratos de gravação como contratos pessoais, coisa assim, tipo, como se.. parece.. e E novamente, no meio da noite, conseguiram).

É por isso que estou interessado em fazer isso com uma espad entre os dentes (obs: com toda força). Eu espero ser ignorada ou ostracizada após essa ação. Eu espero que o tratamento que você está vendo Lars Ulrich pegar agora irá quadruplicar para mim. Maneiro. Pelo menos servirei um objetivo. Sou uma artista e boa artista, creio, mas não sou aquela artista que tem que tocar todo o tempo e então tem que se ferrar. Talvez minha preguiça e força auto-destrutiva vão finalmente compensar e servir a comunidade que desesperadamente precisa disso. Eles não podem me torturar como fizeram com Lucinda Williams.

Vocês, dot-comunistas engraçados. Juntem sua merda juntos, seus chatos repulsivos VCs

Eu quero trabalhar com gente que acredita em música, arte e paixão. E eu sou apenas o topo do iceberg. Estou deixando o sistema de grandes gravadoras e há centenas de artistas que irão me seguir. Há uma oportunidade inacreditável para indústrias que ousarem fazer isso direito.

Como alguém pode defender o sistema atual quando ele falha em entregar a música para tantos fans potenciais? Que espera de si mesmo uma "taxa de 5% de sucesso por ano"? O Status Quo nos dá uma cultura chat. Numa sociedade de mais de 300 milhões de pessoas, apenas 30 novos artistas por ano vendem um milhão de discos. Por qualquer medida, é uma grande falha.

Talvez cada fan irá gastar menos dinheiro, mas talvez cada artista terá uma melhor chance de fazer um ganho. Talvez nossa cultura irá ficar mais interessante que aquela de agora, propriedade da Time Warner. Eu não sou maluca. Pergunte a si mesmo, tem algum de vocês de alguma forma conectados aos meios de comunicação da Time Warner? Eu penso que há um monte de "sim"s para esta pergunta e eu teria que dizer que neste caso o presidente McKinley realmente falhou em acabou com os trustes. Talvez nós possamos remediar isso agora.

Artistas irão fazer aquele compromisso se isso significa que nós podemos nos conectar com milhões de fans ao invés das centenas de milhares que temos agora. Especialmente se nós perdermos toda aquela droga que vem com o sucesso dentro do sistema atual. Eu estou disposta, nesse exato momento, a deixar metade daquelas pegadinhas -- foda-se todas aquelas pegadinhas -- na porta para ter um experiência de artista pura. Eles acossam nos com pegadinhas para nos calar. Desta forma quando dizemos "cortadores de participação!" você pode apontar para minha jaqueta gratuita e dizer "cale a boca pop star".

Aqui, pode levar minhas calças Prada. Foda-se. Deixem-nos fazer nosso trabalho. E aqueles de nós viciados em celebridade po não terem mais nada, (esses) irão se apagar. E aqueles de nós viciados em celebridade por que isto existe terão que achar um jeito de viver mais puro, melhor.

Desde que eu estive basicamente dando minha música de graça pelo velho sistema, não estou com medo de sem fio ou arquivos MP3 ou quaisquer outras ameaças aos meus direitos. Qualquer coisa que me faça minha música mais disponível para mais pessoas é ótimo. Arquivos MP3 soam ruim, mas um album bem feito soa jóia. E eu não me incomodo o que alguém diz sobre gravações digitais. Neste ponto elas são boas para música disco mas tente escutar um tom quente de guitarra numa delas. Elas fedem para o que eu faço.

As companhias gravadoras estão apavoradas de qualquer coisaq que perturba seu controle de distribuição. (Por) isto é que eles insistiram que os CDs fossem vendidos em caixas longas (desperdício incrível) de 6-por-12 polegadas, apenas por que ninguém pensou que você poderia mudar as latas na loja de discos.

Não vamos chamar os grandes selos de "selos". Vamos chama-los pelos seus nomes reais: Eles são os distribuidores. Eles são os únicos distribuidores e eles existem por conta da escassez. Artistas pagam 95% do que quer que nós façamos para os guarda-porteiras por estarmos acostumados a usar guarda-porteiras para conseguir que nossa música seja ouvida. Por que eles tem um sistema e por que quando eles decidem gastar dinheiro o bastante -- todo ele recuperável, todo ele possuído por mim -- eles podem ocasionalmente empurrar coisas através desse sistema, dependendo de vários fatores arbitrários.

O sistema de filtragem das corporações, que é o sistema que trouxe (na minha humilde opinião -- da Courtney Love) a você uma peça de lixo como "Mambo No.5" e não deixou você ouvir o disco brilhante ou o novo disco interessante do Sleater Kinney, obviamente não tem um bom gosto. Mas nós nunca pagamos os grandes selos/distribuidores pelo bom gosto. Eles nunca foram como Yahoo e providenciaram um serviço de filtro.

Haviam muitos fatores que fizeram um distribuidor decidir empurrar um disco através do sistema:

O quão poderoso é a administração?

A quem se deve um favor?

Qual primo do promotor independente é o baterista?

Que parte do ano fiscal a companhia está pondo no disco?

É a taxa de royalty para o artista tão obscenamente ruim que é quase 100% de lucro ao invés de apenas 95%, isto é roubo?

Quanto espaço de estocagem(lixo?) está disponível este ano?

Foi a gravação um sucesso na Europa então há uma pressão da corporação para faze-la trabalhar?

Irá a banda ferrar com sua carreira para tocar shows gratuitos para as estações de rádio?

Será que a canção do artista irá soar parecido o bastante com a (canção) de alguém que irá tocar nas estações de rádio só por ela preenche o "som do mês"?

Será que o artista conseguiu colocar a canção na trilha sonora de um filme de forma que a produtora irá pagar pelo vídeo?

Estes fatores afetam as decisões que vão dentro do sistema. Não o gosto do público. Todas essas coisas estão ficando erradicadas agora. Elas se foram ou estão indo embora. Nós não precisamos dos guarda-porteiras. Simplesmente não precisamos.

E se eles não vão fazer por mim o que eu posso fazer por mim mesmo com meu Webmistress de 19 anos no meu próprio Web site, então eles precisam (é) sair fora do meu caminho.(Eu vou) permitir que milhões de pessoas conseguir minha música por nada se eles querem e quem sabe eles serão legais o bastante para deixa uma gorjeta se gostarem.

Eu preciso da velharia. Eu ainda preciso de um produtor na criação de uma gravação, eu ainda preciso de aparecer no rádio (coisa que custa um monte de dinheiro), eu ainda preciso de espaço venda para CDs, eu preciso de prover uma oportunidade para que pessoas sem computadores compre o hardware que eu faça. Eu ainda preciso de um monte deste material, mas eu posso pegar isso de uma joint venture com uma companhia que sirva como conduto e conheça seu lugar. Servir o artista e servir o público: este é o seu lugar.

Equidade para os artistas

Uma nova companhia que de aos artistas uma real equidade em seu trabalho pode tomar o mundo, chutar o pau da barraca e fazer um monte de dinheiro. Nós somos inspirados pela forma como as pessoas são pagas na nova economia. Muitos artistas visuais e designers de hardware tem a posse real de seu trabalho.

Eu tenho uma sobrinha de 14 anos. Ela costumava querer ser uma rock star. Antes disso queria ser atriz. Há seis meses, o que vc pensa que ela quer ser quando crescer? Qual a carreira mais gloriosa e emancipadora? Claro, ela quer ser uma Web designer. É um negócio tão glamuroso!

Quando vocês fazem negócios com artistas, você tem que levar em conta uma forma diferente de ver as coisas. Nós queremos ser tratados com o respeito que os Web designers tem agora. Nós não somos trabalhadores da Intel de Portland (USA) usando aquelas roupas de estivadores que querem saber como "trabalhar nosso stress". Nós não entendemos ou queremos entender nossa cultura corporativa.

Eu sinto esta obscena corrida do ouro cheia de ganãncia que me irrita um bocado quando posso falar com gente dot-com sobre tudo isso. Vocês não podem cafetinar artistas tão bem. Pelo menos os sacanas do A&R sabem as palavras certas. Não tentem competir com eles. Eu só rio quando vocês o fazem! Talvez você poderia, um ano atrás, quando qualquer coisa dot-com parecia mais esperta do que o resto de nós, mas a sacanagem foi descoberta.

O negócio da celebridade-à-venda esta a ponto de desmoronar, espero e a idéia de um sacana VC presenteando alguma companhia com quatro andares apenas por que eles pode "fazer" "chats" com "Christina" uma ou duas vezes é redículo. Eu fiz um chat hoje, duas vezes. Grande coisa. 200 reais pelo software e algum "elbow grease"(?) e um codificador bom. Nossa. Tudo isso não vale 150 milhões de dólares.

... Quero dizer, sim, certifique-se de que é o que vc gostaria de me dar

Gorjetas/música como serviço

Eu conheço meu lugar. Sou um garçon. Estou na indústria de serviços.

Eu vivo de gorjetas. De vez em quando, ficarei pro escanteio, mas tá limpo. Se eu trabalho duro e estou fazendo um bom trabalho, eu acredito que as pessoas que curtem vão querer vir diretamente à mim e pegar minha música por soar melhor, já que é masterizada e serivda por mim pessoalmente. Eu estou provendo uma experiência honesta e verdadeira. Ponto.

Quando pessoas compram a camiseta pirateada no estacionamento do concerto e não a mais cara dentro da galeria, não é para poupar dinheiro. A camiseta no estacionamento é barata e mal feita, mas é mais fácil de comprar. Os "piratas" tem um melhor sistema de distribuição. Não há filas de espera e só se leva 2 minutos para se comprar uma.

Eu sei que se eu posso prover minha própria camiseta que eu projetei, fiz e prove-la tão fácil ou rápida quanto os piratas, as pessoas que adoraram a experiência que eu forneci estarão felizes da vida de me mandar um pouco mais de dinheiro para cobrir meus custos. Especialmente se eles entenderem que neste contexto, não estão sendo engrupidos sobre artistas "chiques".

É exatamente o mesmo com música gravada. A verdadeira coisa a se temer do Napster é seu sistema de distribuição simples excelente. Ninguém realmente prefere um arquivo MP3 do Napster com aquele som ruim em detrimento da coisa real. Mas é por ser realmente fácil de pegar um arquivo MP3; e no meio do Kansas você pode nunca ver meu disco por conta da distribuição ser muito ruim quando seu disco não está nas 10 mais desta semana, e talvez mesmo então ela leve umas duas semanas para refazer o estoque de uma cópia que eles normalmente possuem.

Eu também sei quantas vezes eu ouvi uma canção no rádio que eu amei apenas para comprar o disco e descobrir que o álbum é um lixo. Se você está com medo de que seu próprio conteúdo então eu aposto que você está com medo do Napster. Eu estou com medo do Napster por que eu penso que os grandes carteis das gravadoras irão pega-los antes de mim.

Eu fiz apenas 3 discos. Amo todos eles. Eu não tenho feito conteúdo (made filler?) e eles são todos peças de trabalho compromissados. Não estou com medo de antever meu disco. Se você gosta dele o bastante para ter como parte de sua vida, eu sei q vc virá até a mim pega-lo, tão logo eu mostre a você como chegar até a mim e tão logo você saiba que está disponível.

A maioria das pessoas não vai em restaurantes e aborrece garçons, mas grandes gravadoras representam os restaurantes que forçam os garcons a depender das gorjetas e algumas vezes, junta-las. E eles podem lutar por um pouco de suas gorjetas.

A música é um serviço para seus consumidores, não um produto. Eu vivo de gorjetas. Dar música gratuitamente é o que os artistas tem feito naturalmente por todas as suas vidas.

Novos modelos

As companhias de gravadoras ficam entre os artistas e seus fãs. Nós assinamos terríveis acordos com eles por que eles controlam nosso acesso ao público.

Mas num mundo de total conectividade, as companhias de gravação perdem esse controle. Com espaço de exposição ilimitado e máquinas de busca inteligentes, os fãns não terão problemas achando a música que eles sabem que querem. Eles tem que saber que querem e aquelas necessidades serão um sucesso de marketing que leva um preço.

Se uma companhia de gravação tem uma razão para existir, é para trazer a música de um artista para mais fãns e ela tem que fornecer mais música e de melhor qualidade para a audiência. Você me traz uma grande audiência ou um melhor relacionamento com a minha audiência ou cai fora do meu caminho. A próxima vez que eu soltar um álbum, vou ser capaz de ir diretamente até os meus fãns e deixa-los ouvir antes de qualquer outra pessoa.

Nós ainda iremos ter de usar o rádio e o sistema de distribuição de CD tradicional. As lojas de discos não irão embora tão rápido e o rádio ainda é o meio mais importante de promoção de um disco.

Os grande selos estão se pelando de medo por que não tem controle neste novo mundo. Artistas podem vender CDs diretamente para seus fans. Nós podemos fazer acordos diretamente com milhares de outros sites na Web e promover nossa música para milhões de pessoas que as velhas companhias de disco nunca irão tocar.

Nós estamos a ponto de ter muitas formas novas de vender nossa música: downloads, lances de hardware, cartões de memória, live Webcasts e muitas outras coisas que nem foram inventadas ainda.

Provedores de conteúdo.

Mas aqui há algo para vocês terão que entender.

Aqui está minha carta aberta para Steve Case:

Avatars não devolvem resultados!!! Mas o que vocês vão fazer com os artistas ao vivo e em cores?

Artistas não são como vocês. Nós vamos através de um processo criativo que é louco, demente. Há um monte de busca da alma e virarmo-nos do avesso e todos os tipos de coisas difíceis que acontecem por "detrás do pano".

Um bocado de gente que não tem estado muito perto de artistas ficam doidos quando eles sentam para almoçar conosco. Então eu quero dar algum aviso: aprenda a falar nossa linguagem. Fale sobre canções e melodias e ganchos e arte e beleza e alma. Nada de besteira de de cara sacana da gravadora, onde você está num sweter de cashmere murmurando que o acordo perfeito realmente é perfeito, Courtney. Yuck. Honestamente, contrate gente compromissada honestamente. Nós estamos numa "nova economia", certo? Você pode se dar esse luxo.

Mas você não me fla sobre "conteúdo".

Eu fico verdadeiramente pirada quando encontro alguém e ele começa a me dizer que eu deveria gravar 34 músicas nos próximos seis meses de forma a termos conteúdo suficiente para o meu site. Definir expressão artística como conteúdo está além de mim.

O que diabos é conteúdo? Ninguém compra conteúdo. Gente de verdade paga dinheiro por música por que isso significa algo para eles. Uma grande canção não é apenas algo que ocupa espaço num web site próximo às cotações da bolsa de valores e resultados do baseball.

DEN tentou construir um site com conteúdo de artistas gratuito e não estou triste de ve-lo falhar. O DEN parece arte se vc não está prestando atenção, mas eles se esqueceram de contratar alguém para de serem criativos. Então terminaram com um monte de conteúdo que ninguém quer ver por que eles pensarm que poderiam evitar contatar com personalidades desafiantes e volúveis. Por que eles eram arrogantes. E por que eles eram conformistas. Artistas tem que lidar com negócios e gente de negócios e gente de negócios tem que lidar com artistas. Nós nos odiamos. Vamos criar companhias de mediadores.

Cada um dos artistas que fazem discos acreditam e esperam que eles irão dar a você alog que irá transformar sua vida. Se você está realmente apenas interessado em garimpagem de dadoss ou vender anúncios de banner, fique com aqueles "artistas" que querem se chamar a se próprio de provedores de conteúdo.

Eu não sei se um artista pode durar só pelo gosto atual do público, o gosto dos últimos relatos. Eu não penso que você possa durar só seguindo os últimos índices demográficos e/ou seguindo as expectativas (de público). Eu não sei quantos trabalhos de arte duradouros que são condescendente ou deliberadamente estúpidos ou foram criados como conteúdo.

Não me diga que eu sou uma marca. Sou famosa e as pessoas me reconhecem, mas eu não posso olhar no espelho e ver minha identidade de marca.

Você fica falando sobre marcas e o que vc tem? Péssimas roupas. Péssimo cabelo. Péssimos livros. Péssimos filmes. E discos ruins. E negócios falidos. Ajustes que eram legais por um ano sem lealdade de empregados mas cada um ficou rico ferrando você. Quem quer isso? A resposta é pureza. Nós podemos pagar o preço. Vamos achar isso enquanto podemos.

Eu posso também me sentir suja tentando chamar minha música de produto. Não é algo que eu fiz teste de mercado como se fosse uma pasta de dente ou um novo carro. Música é pessoal e misteriosa.

Sendo um "provedor de conteúdo" é um trabalho de prostituição que desvaloriza nossa arte e não satisfaz nossos espíritos. Expressão artística tem que ser provocativa. O problema com artistas e a internet: Uma vez que a arte é reduzida a conteúdo, eles podem nunca ter a oportunidade de recuperar suas almas.

(daqui para frente, aguardem o resto da tradução)

Quando você forma seu negócio. When you form your business for creative people, with creative people, come at us with some thought. Everybody's process is different. And remember that it's art. We're not craftspeople.

Sponsorships

I don't know what a good sponsorship would be for me or for other artists I respect. People bring up sponsorships a lot as a way for artists to get our music paid for upfront and for us to earn a fee. I've dealt with large corporations for long enough to know that any alliance where I'm an owned service is going to be doomed.

When I agreed to allow a large cola company to promote a live show, I couldn't have been more miserable. They screwed up every single thing imaginable. The venue was empty but sold out. There were thousands of people outside who wanted to be there, trying to get tickets. And there were the empty seats the company had purchased for a lump sum and failed to market because they were clueless about music.

It was really dumb. You had to buy the cola. You had to dial a number. You had to press a bunch of buttons. You had to do all this crap that nobody wanted to do. Why not just bring a can to the door?

On top of all this, I felt embarrassed to be an advertising agent for a product that I'd never let my daughter use. Plus they were a condescending bunch of little guys. They treated me like I was an ungrateful little bitch who should be groveling for the experience to play for their damn soda.

I ended up playing without my shirt on and ordering a six-pack of the rival cola onstage. Also lots of unwholesome cursing and nudity occurred. This way I knew that no matter how tempting the cash was, they'd never do business with me again.

If you want some little obedient slave content provider, then fine. But I think most musicians don't want to be responsible for your clean-cut, wholesome, all-American, sugar corrosive cancer-causing, all white people, no women allowed sodapop images.

Nor, on the converse, do we want to be responsible for your vice-inducing, liver-rotting, child-labor-law-violating, all white people, no-women-allowed booze images.

So as a defiant moody artist worth my salt, I've got to think of something else. Tampax, maybe.

Money

As a user, I love Napster. It carries some risk. I hear idealistic business people talk about how people that are musicians would be musicians no matter what and that we're already doing it for free, so what about copyright?

Please. It's incredibly easy not to be a musician. It's always a struggle and a dangerous career choice. We are motivated by passion and by money.

That's not a dirty little secret. It's a fact. Take away the incentive for major or minor financial reward and you dilute the pool of musicians. I am not saying that only pure artists will survive. Like a few of the more utopian people who discuss this, I don't want just pure artists to survive.

Where would we all be without the trash? We need the trash to cover up our national depression. The utopians also say that because in their minds "pure" artists are all Ani DiFranco and don't demand a lot of money. Why are the utopians all entertainment lawyers and major label workers anyway? I demand a lot of money if I do a big huge worthwhile job and millions of people like it, don't kid yourself. In economic terms, you've got an industry that's loathsome and outmoded, but when it works it creates some incentive and some efficiency even though absolutely no one gets paid.

We suffer as a society and a culture when we don't pay the true value of goods and services delivered. We create a lack of production. Less good music is recorded if we remove the incentive to create it.

Music is intellectual property with full cash and opportunity costs required to create, polish and record a finished product. If I invest money and time into my business, I should be reasonably protected from the theft of my goods and services. When the judgment came against MP3.com, the RIAA sought damages of $150,000 for each major-label-"owned" musical track in MP3's database. Multiply by 80,000 CDs, and MP3.com could owe the gatekeepers $120 billion.

But what about the Plimsouls? Why can't MP3.com pay each artist a fixed amount based on the number of their downloads? Why on earth should MP3.com pay $120 billion to four distribution companies, who in most cases won't have to pay a nickel to the artists whose copyrights they've stolen through their system of organized theft?

It's a ridiculous judgment. I believe if evidence had been entered that ultimately it's just shuffling big cash around two or three corporations, I can only pray that the judge in the MP3.com case would have seen the RIAA's case for the joke that it was.

I'd rather work out a deal with MP3.com myself, and force them to be artist-friendly, instead of being laughed at and having my money hidden by a major label as they sell my records out the back door, behind everyone's back.

How dare they behave in such a horrified manner in regards to copyright law when their entire industry is based on piracy? When Mister Label Head Guy, whom my lawyer yelled at me not to name, got caught last year selling millions of "cleans" out the back door. "Cleans" being the records that aren't for marketing but are to be sold. Who the fuck is this guy? He wants to save a little cash so he fucks the artist and goes home? Do they fire him? Does Chuck Phillips of the LA Times say anything? No way! This guy's a source! He throws awesome dinner parties! Why fuck with the status quo? Let's pick on Lars Ulrich instead because he brought up an interesting point!

Conclusion

I'm looking for people to help connect me to more fans, because I believe fans will leave a tip based on the enjoyment and service I provide. I'm not scared of them getting a preview. It really is going to be a global village where a billion people have access to one artist and a billion people can leave a tip if they want to.

It's a radical democratization. Every artist has access to every fan and every fan has access to every artist, and the people who direct fans to those artists. People that give advice and technical value are the people we need. People crowding the distribution pipe and trying to ignore fans and artists have no value. This is a perfect system.

If you're going to start a company that deals with musicians, please do it because you like music. Offer some control and equity to the artists and try to give us some creative guidance. If music and art and passion are important to you, there are hundreds of artists who are ready to rewrite the rules.

In the last few years, business pulled our culture away from the idea that music is important and emotional and sacred. But new technology has brought a real opportunity for change; we can break down the old system and give musicians real freedom and choice.

A great writer named Neal Stephenson said that America does four things better than any other country in the world: rock music, movies, software and high-speed pizza delivery. All of these are sacred American art forms. Let's return to our purity and our idealism while we have this shot.

Warren Beatty once said: "The greatest gift God gives us is to enjoy the sound of our own voice. And the second greatest gift is to get somebody to listen to it."

And for that, I humbly thank you.

- - - - - - - - - - - - - Courtney Love